Os três Pilares da improvisação musical - Quando, como e o que tocar?
Os três Pilares da improvisação musical – Quando, como e o que tocar?

Quando tocar, como tocar e o que tocar?

A seguir comento aqueles que considero como os três pilares da improvisação musical:

Quando tocar?

Esse aspecto da improvisação refere-se ao balanço entre notas e pausas, o que aqui no Brasil muitas pessoas chamam de “respiração”.

O perfeito equilíbrio entre oferecer notas e pausas na improvisação, é um dos grandes atrativos para despertar a atenção do ouvinte, criando assim, solos mais interessantes.

Em gravações de músicos como Miles Davis, Chet Baker, Dexter Gordon, Keith Jarret, Jim Hall entre outros, você poderá perceber a valorização dos espaços na música e mesmo utilizando uma densidade menor de notas, os solos não deixaram de ser interessantes.  

Um bom exercício para desenvolver esse aspecto, é sempre controlar o primeiro impulso ao tocar.

Existem inúmeras maneiras de se trabalhar esse aspecto, invente a sua!

Como tocar?

Esse aspecto aborda essencialmente conteúdo e execução.
Imagine que num solo pode-se explorar motivos melódicos, deslocamento de melodias, o alongamento de notas e frases, articulação, fraseado, densidade rítmica, síncope, dinâmica, o alcance de alturas do seu intrumento…Enfim, são infinitas as possibilidades.  
Hermeto Pascoal e Thelonious Monk são dois gênios que pode-se escutar, exemplificando esse aspecto em seu mais alto grau de perícia.  
Escute Thelonious e atente para sua forma particular em propor os rítmos, assim como os staccatos nas frases.
Nosso “CAMPEÃO” – Hermeto,  é completamente imprevisível na sua forma de tocar, podendo tocar frases rápidas, intercaladas por melodias ou marcações essencialmente rítmicas, e muito mais.

O que tocar?

Esse aspecto nos remete às ferramentas musicais que dispomos como matéria prima para improvisação.
Pode-se construir um solo a partir de: escalas, tríades e superposição de tríades, arpejos e superposição de arpejos, escalas pentatônicas, notas dos acordes (leia sobre aqui!),  variações sobre a melodia da canção, substituições harmônicas (as de John Coltrane por exemplo.) etc.

Exercitar improvisação pensando nesses aspectos é um bom caminho para se ter total controle sobre os solos, seguir determinado “caminho musical”, exclusivamente porque se quer, porque as circunstâncias musicais sugerem e não por falta de alternativa. 

Há  um texto que escrevi sugerindo a melhor utilização do tempo no estudo musical e você pode conferi-lo AQUI , e para estruturar melhor seus estudos, sugiro a utilização de um cronograma baseado nesses pilares.

Deixei aqui para download, um  cronograma de estudos que você pode utilizar como exemplo, bem como, um infográfico para que seja melhor absorvido esses conceitos.

Baixe os arquivos, eles são gratuitos!

Faça bom proveito!
Chico Oliveira.
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